Detalhes

Da janela de casa conseguia ver um céu azul sem fim, sentia o calor do sol no entardecer e me sentia entorpecida com aquela situação. Fui calmamente lembrando de muito tempo atrás, quando eu era criança. As vezes eu lembrava de uma época em que " o melhor amigo do homem" era quem cuidava de mim, minha babá. E cuidava bem, porque ainda estou neste mundo até hoje. Não tenho muitos detalhes de muitas épocas e sempre me fogem lembranças. " Quando o caminhão entrou no asfalto já não pude ver mais minha casa, escondida no meio das árvores, ficou apenas na minha memória e que agora é só um borrão. Seguimos por muito tempo por caminhos que nunca havíamos conhecido antes e íamos para algum lugar completamente estranho. Não sei como saí e nem lembro com cheguei. Não conhecia ninguém e nem tinha vizinhos, fui crescendo no meio nada, eu e meu cão de guarda. Certo tempo depois aprendi que as coisas eram difíceis quando se fica sozinho, meu companheiro de todas as aventuras morreu. Levei flores no seu tumulo, dei adeus para ele e devo ter chorado pois tinha ficado mais sozinha que antes e ainda nem havia começado a viver de verdade.